As autoridades mexicanas estão a investigar em diversos estados o aumento dos assaltos a grandes armazéns que podem estar relacionados com incitamentos nas redes sociais e quando aumentam no país os casos de infeção pelo novo coronavírus.
Esta quarta-feira, a polícia da Cidade do México referiu-se a quatro assaltos em diversas zonas da capital durante a noite. Através de um comunicado, a polícia indicou que estão a ser divulgadas nas redes sociais inúmeras informações sobre falsos saques a estabelecimentos, mas que estão a incentivar outros a praticá-los.
Dezenas de pessoas saquearam na segunda-feira uma mercaria no estado do México e durante a noite foi assaltado um estabelecimento no estado de Oaxaca (sul).
A polícia garantiu que está a reforçar a vigilância durante o atual estado de emergência, motivado pela propagação da pandemia da covid-19.
Algumas das mensagens exortavam o assalto a caixas de supermercados, mercearias e outros estabelecimentos para obter alimentos e outros produtos relacionados com o surto do novo coronavírus. Foi inclusive fornecida uma lista dos estabelecimentos e a melhor hora para proceder aos roubos.
No entanto, diversos dos assaltos parecem não ser determinados pela necessidade de bens essenciais. As autoridades referiram-se ao roubo de telemóveis e outros produtos eletrónicos, e de roupa.
As autoridades mexicanas pediram à população para permanecer em casa, mas o Governo federal não está a adotar medidas de confinamento. Alguns estados e governos locais impuseram o recolher obrigatório.
Hoje, o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse que estes atos ilegais não vão ser tolerados.
"Estão a ser confrontados e vão continuar a ser confrontados", assinalou.
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