Perder alguém de quem gostamos é uma experiencia dolorosa, mas praticamente inevitável.
Tradicionalmente pensamos no luto como o processo que se segue à morte de uma pessoa importante, mas também pode surgir no final de um relacionamento, no contexto de perda gestacional, perda de um emprego de forma inesperada ou até de um animal que nos acompanhou durante anos. E primeiro é importante dizer que o luto é normal, expectável e até saudável.
Cinco formas de manifestação do luto
A ideia de que existem fases e toda a gente têm de passar por todas as fases já está relativamente ultrapassada porque se percebeu que não há experiências iguais. O que se sabe é que se pode manifestar em diferentes áreas e pode incluir manifestações físicas, como aperto no peito, nó na garganta ou fadiga física; manifestações emocionais, como tristeza e sensação de desamparo; manifestações cognitivas. como confusão ou mesmo não acreditar que a morte aconteceu; manifestações comportamentais, como lentificação ou isolamento social; e manifestações espirituais, como quebra de convicções religiosas.
Quando existe uma dificuldade prolongada em adaptar-se a perda, que ocorre em aproximadamente 10 a 20% das pessoas, podemos falar num luto complicado ou perturbação de luto prolongado. Esta perturbação coexiste frequentemente com a depressão ou ansiedade, mas é uma entidade distinta.
A terapia para o luto, feita por terapeutas especializados na área, assim como grupos de luto ou outros recursos pensados para quem sofre com o impacto do luto prolongado, podem ajudar muito e fazer toda a diferença.