Uma cadeira de plástico e um pedaço de cartão são o que Ahmad Kail chama agora casa. O homem viajou 14 horas com a família para encontrar abrigo debaixo de uma ponte na capital, Beirute.
“Lembro-me de estar a trabalhar quando um míssil caiu a apenas 50 metros da minha casa. Choviam misseis”, conta Ahmad Kail.
O ministro da Administração Interna libanês diz que nos últimos dias foram disponibilizados mais de 500 abrigos, muitos deles dentro de escolas, para mais de 70 mil pessoas deslocadas pelo atual conflito.
Apesar dos esforços diplomáticos, a tensão na fronteira entre Israel e o Líbano mantém-se. O exercito israelita diz que atingiu mais alvos do Hezbollah na ultima noite no Sul e no Leste do Líbano, incluindo depósitos de munições, lançadores prontos a disparar contra o território israelita e edifícios militares.
Invasão terreste pode estar próxima
O chefe do exercito israelita diz que estes ataques aéreos não se destinam apenas a destruir infraestruturas do grupo e admite que servem também para preparar o terreno para que as tropas atravessem a fronteira entre os dois países.
A incursão terrestre poderá estar para muito breve. É pelo menos o que indiciam as imagens que chegam do Norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, onde as forças de segurança admitem estar em alerta máximo.
Do outro lado da fronteira, no Sul do país, sucedem-se os funerais das vítimas dos mais recentes ataques.