Os generais israelitas convocaram duas brigadas de reservistas e avisaram os soldados para uma eventual invasão do Líbano e para outra fase da guerra contra o Hezbollah. Horas depois do movimento xiita lançar um míssil contra a sede da Mossad, em Telavive.
O Hezbollah anunciou que o alvo do míssil, lançado a partir do Líbano, era a sede da Mossad, na capital israelita.
Israel garante que intercetou o ataque ao quartel-general dos serviços externos de informações. Diz que não houve vítimas nem danos materiais na capital económica do país.
O movimento xiita libanês lançou ainda outra salva de dezenas de foguetes contra o norte de Israel. Nem todos os projéteis foram intercetados. Uma das explosões provocou três feridos num kibutz fronteiriço.
Apesar de continuarem os ataques do Hezbollah, Israel garante que enfraqueceu já consideravelmente as capacidades bélicas do movimento xiita.
Ao terceiro dia de bombardeamentos intensos a território libanês, os caças israelitas atingiram quase trezentos alvos. Foram bombardeadas cidades costeiras, Tiro, Jiyyeh e Maaysrah, áreas não controladas tradicionalmente pelo Hezbollah.
Em visita às tropas destacadas na fronteira norte, o comandante das forças armadas israelitas anunciou aos soldados que continua a guerra ao Hezbollah. Admitiu já uma eventual invasão terrestre do Líbano.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirma também que o objetivo é garantir o regresso dos oitenta mil civis deslocados do norte de Israel, por causa da ameaça do Hezbollah.
No sul de Beirute, centenas de apoiantes do Hezbollah estiveram no funeral do comandante morto no bombardeamento de terça-feira.
No Irão, o Líder Supremo rejeitou já a hipótese de uma derrota do movimento que é financiado pelo regime islâmico.
Conselho de Segurança da ONU reúne-se de urgência para discutir a situação no Líbano
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden admitiu já como possível uma guerra total no Médio Oriente, mas considerou que há hipótese de Israel chegar a um acordo com o Hezbollah e com o Hamas.
Em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, reuniu-se já esta quarta-feira com os representantes do Conselho de Cooperação para os Estados Árabes do Golfo Pérsico.