O Governo israelita aprovou esta segunda-feira uma declaração de "situação especial na frente interna" para todo o país, após ataques contra várias zonas do Líbano, incluindo Beirute, e face ao receio de uma resposta do grupo xiita Hezbollah.
Esta segunda-feira, mais de 270 pessoas morreram, incluindo 21 crianças, e mais de mil ficaram feridas numa série de ataques israelitas no sul do Líbano. Em Telavive, o correspondente da SIC, Henrique Cymerman, fala do período mais violento dos últimos 18 anos.
"A grande pergunta que todo fazem é se estamos no principio da Terceira Guerra do Líbano. Ninguém sabe ainda a resposta mas vamos saber nos próximos dias. O que sabemos é que estamos a viver as lutas mais ferozes e intensas entre Israel e Hezbollah, as mais ferozes desde 2006, desde da Segunda Guerra do Líbano", contou Cymerman.
Na última semana, Israel intensificou os seus ataques contra o Hezbollah no Líbano, à medida que as autoridades de Telavive anunciaram uma deslocação das operações militares da Faixa de Gaza para o norte do país.
O grupo libanês apoiado pelo Irão tem visado militarmente território israelita desde 7 de outubro de 2023, após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas no sul de Israel, que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza.
Desde então, Israel e Hezbollah têm trocado tiros numa base diária, provocando a deslocação de dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.