O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse esta segunda-feira que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, confirmou que aprova a nova proposta de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns.
Blinken, que falava aos jornalistas em Telavive após uma reunião de duas horas e meia com Netanyahu, acrescentou que agora cabe ao Hamas aceitar a proposta apresentada.
"Numa reunião muito construtiva com o primeiro-ministro Netanyahu, ele confirmou-me que Israel aceita a proposta de transição. Cabe agora ao Hamas fazer o mesmo. Depois as duas partes, com a ajuda dos mediadores [Estados Unidos, Egito e Qatar], têm de se unir e completar o processo para alcançar entendimentos claros sobre como irão implementar os compromissos que assumiram", apontou.
O chefe da diplomacia norte-americana chegou a Israel no domingo para a sua nona visita desde o início da guerra, em 7 de outubro, com o objetivo de pressionar um acordo de cessar-fogo que inclua a libertação dos 111 reféns israelitas detidos pelo Hamas em Gaza (dos quais pelo menos 39 morreram), bem como a entrada de mais ajuda humanitária na devastada Faixa.
Antony Blinken encontrou-se com Benjamin Netanyahu e outros líderes israelitas esta segunda-feira, e está previsto visitar o Egito na terça-feira antes de ir ao Qatar, os outros dois países mediadores que têm pressionando Israel e o Hamas a concordarem com um plano de cessar-fogo, acompanhado por um acordo, que prevê a libertação de reféns em Gaza ao fim de dez meses de conflito.
Netanyahu quer libertação do “máximo de reféns vivos” na primeira fase
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que deseja a libertação "do número máximo de reféns vivos" na primeira fase de um plano de três etapas proposto pelos Estados Unidos para a trégua em Gaza.
“Gostaria de destacar os esforços para libertar o maior número possível de reféns com vida desde a primeira fase do acordo”, disse Netanyahu num vídeo transmitido após a sua reunião com Antony Blinken.
Este plano prevê, numa primeira fase, uma trégua de seis semanas acompanhada de uma retirada israelita das zonas densamente povoadas de Gaza e da libertação de um certo número dos 111 reféns raptados em 7 de outubro em Israel.
Israel concorda num plano de vacinas contra a poliomielite em Gaza
Blinken revelou ainda que Israel concordou em apoiar os esforços para vacinar as crianças de Gaza contra a poliomielite após um apelo da ONU após o primeiro caso confirmado em 25 anos naquele território.
"Estamos a trabalhar com o governo israelita. Acho que seremos capazes de elaborar um plano nas próximas semanas. É urgente e vital", afirmou o político norte-americano.
A ONU apelou na sexta-feira que se fizessem “pausas humanitárias” de uma semana para vacinar as mais de 640 mil crianças que estão naquele enclave palestiniano.
Com Agências