Conflito Israel-Palestina

EUA dizem que negociações para cessar-fogo em Gaza estão a correr bem, Hamas recusa rendição

Ao 10.º mês de guerra, o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, declarou que foi ultrapassado o número de 40 mil mortos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças. A confirmar-se, significa que 2% da população de Gaza morreu desde outubro passado.

Aurélio Faria

Paulo Gamito

Os Estados Unidos anunciaram que recomeçaram bem as negociações para o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Ausente da reunião do Qatar, o Hamas recusa a rendição e diz que Washington não pressiona Israel a terminar a guerra.

As tropas israelitas mantêm a ofensiva na Faixa de Gaza. Continuam a combater o Hamas, a 1800 quilómetros das negociações de paz no Qatar.

Em visita ao sul do território, o chefe de Estado-Maior relembrou aos soldados o objetivo desta guerra.

Entre os palestinianos reina o desespero e o ceticismo sobre o sucesso das negociações.

Ausente das negociações do Qatar, o Hamas acusa Benjamin Netanyahu de bloquear qualquer hipótese de tréguas e diz que os Estados Unidos não pressionam devidamente Israel.

Em Khan Younis, o coveiro Najy tem cada vez menos espaço para cavar sepulturas.

Ao 10.º mês de guerra, o ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, declarou que foi ultrapassado o número de 40 mil mortos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças. A confirmar-se, significa que 2% da população de Gaza morreu desde outubro passado.

Em Israel, o desespero maior é dos familiares dos reféns.

À porta da sede do Likud, o partido do primeiro-ministro, e na praça da Independência, em Telavive, exigiram um acordo de tréguas ao Governo.

Na Turquia, o presidente da Autoridade Palestiniana fez uma proposta inesperada no Parlamento de Ancara.

Com as negociações no Qatar, mantém-se a tensão e o risco de uma escalada no Médio Oriente.

Na Cisjordânia ocupada, o funeral de dois palestinianos mortos por um drone foi uma manifestação de ódio a Israel.

Já na fronteira norte, Telavive respondeu a outra vaga de ataques do Hezbollah e voltou a bombardear alvos do movimento xiita, no sul do Líbano.

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