No meio dos bombardeamentos fogem com o pouco que conseguem carregar. Ao hospital Nasser, em Khan Younis, vão chegando às dezenas os feridos e os corpos das vítimas. À falta de ambulâncias, os familiares transportam-nos como podem.
“Uma família estava a dormir e atacaram-na. Eram crianças. Este é o nazismo americano, este é o nazismo de Netanyahu”, acusa um dos habitantes locais.
Com o dedo apontado a Netanyahu e aos Estados Unidos, e numa altura de impasse nas negociações para um cessar-fogo, não parece restar esperança em Gaza sobre o impacto que o futuro do principal aliado de Israel poderá ter no futuro do enclave.
“No que diz respeito às eleições nos EUA, a retirada de Biden não significa nada para nós, porque tanto Biden como Trump ajudaram a guerra contra a Palestina. Eles são a base do terrorismo em todos os países. Se Biden fica ou sai, isso não importa para a Palestina. Eles são a principal razão do terrorismo em todos os países, mas ninguém pensa nisso”, diz uma palestiniana.
De partida para os EUA, Netanyahu assegura que o sucessor de Biden não colocará em causa a aliança com Israel.
“Parto esta manhã para uma viagem muito importante aos Estados Unidos. Numa altura em que Israel está a lutar em sete frentes e em que existe uma grande incerteza política em Washington. Irei dirigir-me pela quarta vez a ambas as câmaras do Congresso na qualidade de primeiro-ministro de Israel”, diz Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.
Acrescenta ainda que: “procurarei consolidar o apoio bipartidário que é tão importante para Israel. Vou dizer aos meus amigos de ambos os partidos, independentemente de quem o povo americano escolher como seu próximo presidente, Israel continua a ser o aliado indispensável e forte da América no Médio Oriente”.
Terça-feira é esperado que Netanyahu se reúna com Joe Biden. No dia seguinte o primeiro-ministro israelita deverá dirigir-se ao Congresso norte-americano.