"As ordens de evacuação de civis presos em Rafah para zonas inseguras são inaceitáveis". Quem o diz é o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, nas redes sociais, depois de Israel ter feito um novo aviso, este sábado, aos civis em Rafah.
“Apelamos ao governo israelita para que respeite o direito humanitário internacional e instamos a que não realize a operação terrestre em #Rafah. Os pontos de passagem devem estar em pleno funcionamento e permitir a passagem da assistência humanitária", lê-se na publicação de responsável europeu.
O apelo da União Europeia surge depois de Israel ter dado instruções para que os palestinianos abandonem os campos de Rafah e Shabura, bem como os bairros de Adari e Jeneina, e se dirijam para "a grande área humanitária" em Al-Mawasi", uma zona costeira já saturada de pessoas deslocadas em tendas improvisadas, sem água corrente, nem saneamento.
No norte do enclave palestiniano, Israel ordenou a saída de residentes e deslocados de vários bairros e cidades entre Jabalia e Beit Lahia, que designou como "zona de combate perigosa" e pediu que se deslocassem para oeste da Cidade de Gaza.
Em comunicado divulgado através de panfletos, mensagens telefónicas e na rede social X, o exército israelita diz que as forças de defesa de Israel estão "a trabalhar em força contra as organizações terroristas na região", pelo que as famílias ficariam expostas ao perigo.