Conflito Israel-Palestina

Nova pausa para troca de reféns? “Esperemos que haja uma espécie de surpresa de Natal”

Na análise à guerra Israel-Hamas, Germano Almeida adianta que o Qatar está novamente a tentar mediar um acordo para uma nova troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.

Germano Almeida

SIC Notícias

A BP suspendeu temporariamente toda a navegação através do Mar Vermelho por causa do aumento dos ataques dos rebeldes houthis. Germano Almeida explica que o grupo armado do Iémen estará a aproveitar a guerra Israel-Hamas para atacar alvos israelitas e americanos na região. Na análise ao conflito do Médio Oriente, o comentador da SIC adianta que estão em curso diligências para um possível acordo para uma nova libertação de reféns.

“Esperemos que estejamos na começar uma espécie de surpresa de Natal, relativamente a uma segunda pausa para troca de reféns”, explica Germano Almeida, que adianta que nos últimos dias tiveram início reuniões entre o primeiro-ministro qatari, o diretor da CIA e o diretor da Mossad.

“Recordo que mais de 130 reféns ainda continuam sob o jugo do Hamas, mas também sabemos que nos últimos dias não parecia haver condições entre Israel e Hamas para isso acontecer. Esperemos que haja esse espaço e que agora que estamos na semana de Natal haja essa boa vontade”, sublinha o comentador da SIC.

Sobre os ataques dos rebeldes houthis no Mar Vermelho, que levaram a que já no fim de semana várias empresas anunciassem que iriam evitar navegar pelo Canal do Suez e passariam a contornar o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, o comentador explica:

“Os rebedes houthis são um dos ‘proxys’ do Irão na região. o Irão é perturbador continental, está a aproveitar esta guerra Israel-Hamas para provocar um alastramento do conflito. Se nos primeiros dias pós 7 de outubro havia um risco sério de ser uma guerra na região, não parece séria esse esse essa esse perigo, mas o que está a acontecer é que os rebeldes houthis do Iémen, que fazem parte de uma das guerras mais longas da zona”.

Germano Almeida diz que o Irão, através dos rebeldes houthis está a aproveitar a situação para perturbar, nomeadamente para atacar posições israelitas e americanas na região.

“Esta situação poderá provocar uma situação de volatilidade nos preços, estamos a falar do petróleo e também, eventualmente, da da circulação de produtos”, refere.

Os rebeldes divulgaram recentemente “um comunicado a dizer que só atacam posições israelitas, navios israelitas ou quem vai para Israel, dizendo que não querem atacar outros no Mar Vermelho”, esclarece ainda Germano Almeida.

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