Conflito Israel-Palestina

Ofensiva israelita em Gaza: "É uma nova fase, o objetivo é desmilitarizar o território"

O correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, faz o ponto de situação da ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

Henrique Cymerman

SIC Notícias

A incursão que o exército israelita começou ontem ao final da tarde ainda não é a ofensiva que Israel tem vindo a prometer à Faixa de Gaza. O objetivo será preparar essa invasão e desmilitarizar o território, como explica o correspondente da SIC, Henrique Cymerman.

A guerra entre Israel e o Hamas entrou este sábado no 22.º dia com a intensificação das operações terrestres israelitas em Gaza em paralelo com os bombardeamentos do enclave que se prolongam desde 7 de outubro.

Os ataques israelitas prosseguiam esta manhã em Gaza, após uma noite de bombardeamentos sem precedentes no território palestiniano. De acordo com o porta-voz militar das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, as forças terrestres mantinham-se no terreno para dar continuidade à guerra, uma alteração relativamente aos dias anteriores quando as tropas faziam breves incursões terrestres noturnas, regressando depois a território israelita.

No rescaldo da operação noturna, o exército israelita anunciou ter atingido 150 alvos subterrâneos no norte de Gaza, incluindo "túneis utilizados por terroristas, locais de combate subterrâneos e outras infraestruturas", adiantando ter matado vários elementos do Hamas, incluindo o chefe do comando aéreo do Hamas, Ezzam Abu Raffa, que terá participado no planeamento do ataque de 7 de outubro.

Israel divulgou vídeos a mostrar colunas de veículos blindados movendo-se lentamente em áreas de Gaza, a primeira confirmação visual de tropas no terreno, e os militares israelitas reiteraram estar a realizar ataques direcionados e ampliados com o objetivo de "preparar o terreno para futuras fases da operação".

O Hamas denunciou violentos combates entre os seus combatentes e o exército israelita no centro e no norte da Faixa de Gaza e as autoridades palestinianas falam de centenas de edifícios "completamente destruídos" e milhares de outras casas danificadas.


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