Cimeira do Clima

Na linha da frente das alterações climáticas: ministro de Tuvalu faz discurso dentro de água

O arquipélago de Tuvalu é considerado como uma das primeiras nações candidatas a desaparecer.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Tuvalu, país da Oceânia, Simon Kofe, filmou o seu discurso para a cimeira do clima com água pelos joelhos.
Tuvalu Foreign Ministry

SIC Notícias

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Tuvalu, país na Oceânia formado por várias ilhas e atóis, filmou o seu discurso para a Cimeira do Clima (COP 26) com água pelos joelhos, numa forma de mostrar ao mundo como a sua nação é uma das mais ameaçadas pelas alterações climáticas.

De fato e gravata, arregaçou as calças até aos joelhos para entrar no mar e falar sobre as consequências do aumento do nível da água do mar, sobretudo no seu país. As imagens tornaram-se virais e chamaram a atenção para o problema que Tuvalu enfrenta.

"Este discurso justapõe o cenário da COP 26 com as situações da vida real que enfrentamos em Tuvalu devido às alterações climáticas e ao aumento do nível do mar", afirmou Simon Kofe, citado pela Reuters.

O vídeo deverá ser exibido esta terça-feira na conferência, numa altura em que os líderes mundiais deixam alertas e fazem promessas sobre o combate às alterações climáticas.

O arquipélago de Tuvalu é considerado como uma das primeiras nações candidatas a desaparecer com o aumento do nível do mar.

Obama deixa alerta sobre ilhas do Pacífico

Barack Obama participou esta segunda-feira num painel da COP 26 sobre os efeitos das alterações climáticas nas ilhas do Pacífico.

O antigo Presidente dos Estados Unidos mostrou-se otimista ao chegar à Escócia, mas diz que não há tempo a perder para assumir medidas concretas que defendam o planeta e as ilhas, já em risco de desaparecer.

“Em muitos aspetos, as nossas ilhas são um primeiro sinal de alarme nesta situação. Estão a enviar uma mensagem agora de que se não agirmos, e agirmos corajosamente, será demasiado tarde. E também destacou o facto de que isto não é algo que vai acontecer daqui a 10, 20, 30 anos, está a acontecer agora e temos de agir já”, afirma.

Aqueles de nós que vivemos em nações grandes e ricas, aqueles de nós que ajudaram a acelerar o problema, temos um ónus acrescido de garantir que estamos a colaborar, a ajudar e assistir aqueles que são menos responsáveis e menos capazes, mas mais vulneráveis a esta crise que se avizinha”.

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