Foi libertado há poucas semanas, depois de cumprir pena de prisão pelo crime de violação, e uma das primeiras coisas que fez, conta a SkyNews, foi tentar procurar o advogado Hans Christian Wolters.
Este advogado, lembra a televisão britânica, alegou ter provas de que Christian Brueckner raptou e matou Madeleine McCann, o que o alemão sempre negou, apesar de ser o principal suspeito no caso
Em liberdade, Brueckner procurou desde logo o contacto com o advogado e para isso, conta a SkyNews, viajou durante horas mas Wolters recusou qualquer contacto.
“Recusou encontrar-se comigo, mas disse ao seu representante que queria a ajuda dele para recuperar a minha vida. Estou a ser perseguido pela media, e a culpa é dele. Quero que ele assuma essa responsabilidade”, diz Brueckner em exclusivo à televisão britânica.
Christian Brueckner , de 49 anos, foi libertado no passado dia 17 de setembro e, desde então, está a viver num alojamento da polícia de Neumünster, a norte de Hamburgo.
Uma localização que foi descoberta e que gerou contestação da comunidade local, que vê o alemão como uma ameaça à segurança das crianças.
Uma vereadora local recorreu à rede social Facebook para alertar os moradores locais para que ficassem vigilantes e para aconselhá-los a não saírem sozinhos.
Sete anos de prisão por crime na Praia da Luz
Foi a 17 de setembro que chegou ao fim a pena de sete anos de prisão pela violação de uma mulher norte-americana, na Praia da Luz, no Algarve, em 2005.
Durante o último julgamento, o arguido foi submetido à avaliação de um perito psiquiátrico que concluiu que é de esperar que volte a cometer crimes, em particular crimes sexuais.
Brueckner está, por isso, em liberdade mas sujeito a medidas de vigilância, como a pulseira eletrónica, teve de entregar o passaporte e a morada está registada junto dos agentes responsáveis pela sua liberdade condicional.
Ainda assim, recorde-se, o principal suspeito negou sempre o envolvimento no desaparecimento de Maddie McCann do resort onde a família britânica estava instalada no Algarve em 2007.
Os procuradores dizem que há registo de uma chamada recebida por Brueckner no dia 3 de maio de 2007, dia em que Madeleine desapareceu sem deixar rasto, mas este estaria a quilómetros do local do crime com uma jovem alemã.