Por muito que as abelhas se tentem adaptar às mudanças climáticas, estão sempre dependentes das florações. Este ano, a instabilidade meteorológica prejudicou, mais uma vez, a produção de mel.
A quebra de produção de mel nas zonas de montanha atingiu os 90%, e em regiões de planície caiu para metade.
"Foram as piores quebras dos últimos 15 anos. No ano anterior, havia quebras em determinadas zonas, mas neste momento é em todo o país", salientou, à SIC, Manuel Gonçalves, da Federação Nacional de Apicultores.
No entanto, a fraca produção de mel deste ano não implica o aumento do preço do produto, que se deverá manter devido à importação.
E se o fator climático tem efeito imediato na produção, os incêndios deste verão, que destruíram 14 mil colmeias e afetaram outras tantas, vão-se refletir nos próximos anos.
Para atenuar os prejuízos e incentivar a reposição do potencial produtivo, há apoios prometidos pelo Governo que vão ser pagos.
De acordo com as declarações da atividade apícola, atualizadas em 2020, existiam à data mais de 12 mil apicultores registados em Portugal, correspondentes a um universo de quase 44 mil apiários e 740 mil colmeias.