Alterações Climáticas

Pequenos satélites vão inspecionar furacões

Os dados recolhidos pelos satélites da NASA vão ajudar a melhorar as previsões meteorológicas, nomeadamente onde o furacão atingirá a costa e com que intensidade e assim preparar melhor para as consequências.

Catarina Solano de Almeida

Ana Isabel Pinto

A NASA lançou com sucesso a 8 de maio dois pequenos satélites que vão monitorizar furacões e ciclones. São os primeiros de uma futura constelação de quatro satélites CubeSat que vão medir a formação e progressão de furacões e assim prevenir melhor em terra as consequências.

Cerca de 33 minutos após a descolagem a partir da Nova Zelândia, o foguetão Electron da empresa norte-americana Rocket Lab colocou os dois satélites do tamanho de uma caixa de sapatos a cerca de 550 km de altitude.

A constelação TROPICS consistirá em quatro satélites na órbita baixa da Terra que vão ser capazes de passar hora a hora por cima dos furacões - chamados tufões no Pacífico. Vão recolher dados sobre precipitação, temperatura e humidade o que ajudará a melhorar as previsões meteorológicas, nomeadamente onde o furacão atingirá a costa e com que intensidade e assim preparar melhor para possíveis evacuações.

Os últimos dois satélites deverão ser lançados dentro de duas semanas

Preparar melhor para as consequências

Estes satélites vão permitir aos cientistas "ver realmente como as coisas estão a mudar hora a hora", explicou em conferência de imprensa Will McCarty, cientista da NASA.

"Vamos sempre precisar dos grandes satélites, mas o que podemos tirar desta missão são informações adicionais às dos principais satélites que já temos."

As informações recolhidas sobre precipitação, temperatura e humidade vão melhorar as previsões meteorológicas naquele período imediato e, a longo prazo, serão úteis para uma melhor compreensão da formação e evolução dessas tempestades e melhorar os modelos climáticos.

À medida que a superfície dos oceanos aquece, os furacões (ou tufões) tornam-se mais poderosos, dizem os cientistas.

Um dos mais recentes exemplos de consequências devastadores é a do furacão Ian, que devastou a Florida em 2022. Foi responsável por mais de 100 mortes e mais de 100 mil milhões de dólares de prejuízos.

Últimas