A comunidade internacional condena, mas os talibã continuam a suprimir direitos ao povo afegão, sobretudo às mulheres. Apesar do anúncio de exclusão feito pelo regime de Cabul, muitas estudantes tentaram entrar nas universidades onde até hoje estudavam e foram barradas.
A parte mais avisada do mundo não acreditou nas promessas de moderação dos Talibã, quando irromperam por Cabul e assumiram de novo o poder, há 16 meses.
Primeiro as meninas do secundário, agora as jovens universitárias. Vêem de novo vedado o acesso aos estudos e, em geral, a uma vida livre sob o pretexto da moralidade e de uma religião que os extremistas instrumentalizam.
Em fevereiro, como mostram as imagens de arquivo, podiam frequentar as aulas. Há 3 meses milhares de raparigas fizerem os exames de admissão e subitamente voltam a ser alvo de novo ataque.
E na verdade apesar de a cada golpe infligindo sobre as mulheres e raparigas no Afeganistão, se ouvirem palavras de condenação, as manifestações de repúdio são fugazes e o regime talibã continua a escalar a repressão, como havia feito entre 1996 e 2001.
Os Estados Unidos, cuja caótica retirada militar do território abriu caminho ao regresso dos radicais, ameaçam com medidas dirigidas contra o regime talibã.
Com a economia em colapso, a insegurança alimentar generalizada e o crescente desrespeito pelos direitos humanos, é toda uma nação que está em risco.