A missão dos Estados Unidos da América no Afeganistão terminou esta segunda-feira à noite, com a retirada definitiva das tropas.
Todos os militares abandonaram o país, mas ficaram ainda quase 200 cidadãos norte-americanos que não conseguiram sair a tempo.
Depois da saída do último avião norte-americano, um dia antes do prazo estabelecido pelo Presidente Joe Biden, os talibã ficaram com o controlo do aeroporto de Cabul. Assim que os últimos aviões levantaram voo, ouviram-se tiros de celebração disparados pelos talibã.
O grupo extremista islâmico diz que este é um momento histórico e proclamou a independência total do Afeganistão.
Desde 14 de agosto, mais de 120 mil pessoas conseguiram sair do Afeganistão, um número inferior ao desejado pelo ocidente e por milhares de pessoas que ficaram para trás.
A retirada dos últimos soldados norte-americanos que estavam no Afeganistão põe fim a uma guerra que começou a seguir ao atentado de 11 de setembro de 2001. Vinte anos depois, o fim deste conflito marca o início de uma nova era com o regresso dos talibã ao poder.
O QUE SE PASSA NO AFEGANISTÃO?
Os talibã conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.