Os militares norte-americanos abandonaram o Afeganistão esta segunda-feira, informou o Pentágono. Os Estados Unidos terminam assim a missão no Afeganistão, ao fim de 20 anos.
O último avião C-17 descolou do aeroporto de Cabul às 20:29 (hora de Lisboa). Para trás, a torre de controlo ficou sem qualquer controlador.
Numa declaração aos jornalistas, o general Kenneth McKenzie, o líder do Comando Central dos Estados Unidos, revelou que desde 14 de agosto os Estados Unidos e aliados retiraram mais de 123 mil civis do Afeganistão.
A missão termina ao fim de 20 anos, no dia em que o Daesh-K reivindicou o lançamento de seis rockets. O alvo era o aeroporto de Cabul, mas foram intercetados por forças dos Estados Unidos.
Depois da confirmação da retirada dos últimos soldados norte-americanos do Afeganistão, ao fim de 20 anos de presença norte-americana, foram ouvidos tiros em Cabul, durante a madrugada na capital afegã, controlada pelos talibãs.
Jornalistas da agência de notícias AFP confirmaram os tiros a partir de vários postos de controlo dos talibãs, bem como festejos de combatentes em zonas de segurança.
O que se passa no Afeganistão?
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.
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