O cofundador e número dois dos talibãs, Abdul Ghani Baradar, chegou este sábado a Cabul para iniciar conversações com outros membros do movimento e líderes políticos sobre a formação do novo Governo do Afeganistão.
Enquanto isso, há relatos de que o grupo extremista anda porta a porta numa perseguição a todos os que colaboraram com as forças estrangeiras. Sob pressão, Joe Biden promete usar todos os meios para retirar do país os cidadãos norte-americanos.
Pelo menos 12 mil foram retiradas do Afeganistão pelo aeroporto de Cabul na última semana. Funcionários de governos ocidentais e membros de agências de ajuda humanitária, assim como afegãos que trabalharam com as forças estrangeiras no país ou que são considerados de risco como jornalistas, intérpretes ou ativistas de direitos humanos.
A maioria, cerca de sete mil, saiu em aviões militares norte-americanos. O Reino Unido retirou cerca de 1.200 pessoas do país e a Alemanha 1.700.
Para França seguiram 500 pessoas, o mesmo número das que viajaram para Itália. Já a Grécia e a Turquia construíram muros para travar a entrada de refugiados afegãos.
Em Madrid, à margem da visita a um centro de acolhimento para os funcionários afegãos das instituições da União Europeia, a presidente da Comissão Europeia sublinhou que o grupo extremista não será reconhecido.
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