O padre de Figueira de Castelo Rodrigo, suspeito de abusos sexuais, já regressou à paróquia e às celebração da missa. A Diocese da Guarda ainda não deu explicações, mas os fiéis aplaudiram o que dizem ser o fim do pesadelo.
Nem a Diocese da Guarda emitiu qualquer comunicado, nem o Bispo D. Manuel Felício se mostrou disponível para esclarecer a decisão, mas o padre de Figueira de Castelo Rodrigo já voltou as funções sacerdotais na paróquia onde vive há cerca de 20 anos.
Suspeito de abuso sexual de um menor há 30 anos no Fundão, foi suspenso em março. Este domingo já celebrou a missa e, por breves instantes, a câmara da SIC captou da rua o momento em que Vítor Alago Lourenço cumpriu o ritual da saudação dos fiéis.
Mal concluiu a missa, o padre Vítor Lourenço fugiu ao confronto com os jornalistas e deixou que ficasse a população no papel de porta-voz de todas as emoções associadas ao regresso.
Assim que foi suspenso de funções o sacerdote saiu de Figueira de Castelo Rodrigo. Na volta gravou um discurso na memória de quem o ouviu.
Além de acreditarem na inocência do sacerdote, os fiéis vincam a força de um baixo assinado que chegou às mãos de D. Manuel Felício.
Com a suspensão do padre visado há quatro meses, a Diocese anunciou a abertura de um processo de investigação prévia de que nada se sabe.
A SIC apurou no entanto que, na justiça civil, o crime além de já prescrito, a vítima que fez a queixa na Comissão independente, agora padre na região, não quis ir além dessa queixa e a denúncia enviada em setembro do ano passado ao Bispo era anónima, pelo que não foi possível identificar o autor.
Parece encerrado o dossier de padres suspeitos de abusos sexuais na Diocese da Guarda. A Comissão independente recebeu uma segunda queixa de um padre de Seia que já morreu em 1980.