O padre de Borba, em Évora, que foi encontrado morto na noite de terça-feira na zona do Gerês foi alvo de uma denúncia por assédio, nas redes sociais, de um adulto vulnerável. A informação está a ser avançada pelo jornal online Observador citando uma fonte da Arquidiocese de Évora.
De acordo com o Observador, esta terá sido “a primeira queixa formalizada” contra o padre José António Gonçalves. À Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa não chegou qualquer queixa ou denúncia.
Recorde-se que, ontem, o padre de Borba, de 57 anos, foi notícia por ter sido encontrado morto pelas 21:00 de terça-feira pela GNR de Braga, a mais de 500 quilómetros da residência.
Um veículo estacionado nas imediações da barragem de Vilarinho da Furna, em Terras de Bouro, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, chamou a atenção da GNR, tendo sido encontrado, posteriormente, o corpo do padre, apurou a SIC Notícias junto a autoridade.
Também a Arquidiocese de Évora confirmava, em comunicado publicado na sua página na internet e nas redes sociais, a morte de José António Gonçalves, ordenado sacerdote a 2 de julho de 1989 e atualmente pároco de Santiago de Rio de Moinhos (concelho de Borba).
Hoje, o jornal Observador conta, citando fonte da diocese de Évora, que horas antes de o cadáver ter sido encontrado em Braga, o arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, recebeu uma família que denunciou o padre por suspeitas de “assédio digital”, nas redes sociais, de um adulto vulnerável com quem terá mantido uma “conversa imprópria”.
A mesma fonte explicou também que, nessa tarde, o arcebispo encaminhou o caso para a Comissão Diocesana.