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Que ideia de governo Montenegro irá apresentar ao Presidente da República?

Na análise à atualidade política, no dia em que Marcelo recebe o líder da AD, Bruno Costa antevê a possibilidade de Luís Montenegro, apresentar ao Presidente da República "um conjunto de linhas de orientação relativamente ao perfil dos ministros que quererá ter no seu governo".

SIC Notícias

A contagem dos votos dos emigrantes portugueses nas eleições legislativas, que fizeram a sua escolha por via postal, termina hoje, revelando os quatro deputados dos círculos da Europa e Fora da Europa. A confirmarem-se os dados provisórios dos emigrante, o caminho mais provável é Luís Montenegro ser indigitado primeiro-ministro. O líder da Aliança Democrática (AD) é hoje recebido pelo Presidente da República.

“Luís Montenegro deverá ter hoje um aval oficial ou pelo menos informal por parte do Presidente da República porque, de acordo com com os resultados dos círculos da emigração, dificilmente haverá uma inversão da situação atual, ou seja, o PSD acaba por ter eventualmente o mesmo número de deputados, mas a AD tem mais deputados e tem mais votos”, refere Bruno Costa, analista de Ciência Política.

Luís Montenegro tem estado em silêncio até que sejam conhecidos os resultados finais das eleições. Contudo, Bruno Costa considera que o líder da AD “eventualmente hoje, numa conversa mais informal com o Presidente da República, já terá aqui não nomes concretos, mas um conjunto de linhas de orientação relativamente ao perfil dos ministros que quererá ter no seu governo”.

No entender do analista de Ciência Política, a escolha de Montenegro recairá num “conjunto de ministros com um perfil de combate político, ou seja, com experiência política”. Tendo em conta o reduzido número de anos que o PSD esteve no poder nas últimas décadas, será de esperar que os escolhidos para o governo da AD tenham “pelo menos experiência, seja do ponto de vista da governação autárquica, seja do ponto de vista da luta parlamentar, portanto, haverá aqui um perfil de combate político, tendo em conta também a composição do Parlamento”.

Na antevisão de um futuro governo da AD, Bruno Costa diz ainda que é preciso “olhar inicialmente para a direção do PSD, para os vice-presidentes de Luís Montenegro, olhar naturalmente para a composição da bancada parlamentar, nomeadamente Joaquim Miranda Sarmento. E olhar para todos aqueles que estiveram a redigir o programa da AD e, portanto, acabam por ser nomes, obviamente na linha da frente para poderem avançar como potenciais ministros e secretários de Estado nesta futura composição do Governo”.

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