Entre janeiro e junho deste ano reformaram-se por velhice ou invalidez. 10 mil 809 trabalhadores da função pública. Os dados da Entidade Orçamental, citados pelo Jornal de Negócios, mostram que o número de saídas aumentou cerca de 11% relativamente ao período homólogo, evidenciando um aumento contínuo desde 2021.
É também o primeiro semestre com mais reformas em 10 anos, superado apenas pelos registos de 2014 e 2015 quando Portugal ainda estava sob alçada do programa de ajustamento da troika.
Há uma década, os trabalhadores portugueses já sofriam as consequências dos cortes de salários e pensões, bem como das alterações às regras de cálculo das reformas. Em 2014 reformaram-se, ao longo de todo o ano, mais de 23 mil trabalhadores do Estado, nove anos depois o total anual voltava a ultrapassar os 20 mil.
No ano passado, mais de 21.700 funcionários públicos avançaram para a reforma. Os registos da Entidade Orçamental mostram que só a Caixa Geral de Aposentações tem agora 665 mil pensionistas e perto de 358 mil subscritores, sendo 1.400 euros o valor médio das pensões.
Ao longo dos últimos anos a idade da reforma em Portugal tem vindo, em geral, a aumentar. Este ano está nos 66 anos e sete meses, mas em 2026 deverá avançar mais dois meses.