Economia

Preços dos alimentos podem vir a disparar em julho

O alerta é deixado pela Associação Empresarial de Portugal, que antecipa o forte impacto das tarifas impostas por Donald Trump, caso estas venham a ser aplicadas após a suspensão por 90 dias. Carnes e laticínios poderão ser os mais afetados.

Ana Paula Félix

Marco Neiva

O preço de alguns alimentos pode disparar a partir de julho. O alerta foi feito por uma das associações do setor. Só o milho, essencial na alimentação de vários animais, pode ficar substancialmente mais caro, caso seja aplicada a tarifa de 25% aos produtos importados dos Estados Unidos. O preço final para o consumidor pode assim ficar mais caro em produtos como carnes e laticínios.

A entrada em vigor das tão faladas tarifas de Donald Trump foi adiada por 90 dias, mas, se os prazos forem cumpridos, os aumentos em alguns produtos poderão acontecer já a partir de 14 de julho. Aumentos em produtos utilizados nas rações que inevitavelmente terão um impacto na indústria alimentar.

A soja, por exemplo, é um dos produtos mais importados dos Estados Unidos. Foi de lá que 35% desta leguminosa entrou no nosso país, no ano passado. Logo a seguir está o milho: 17% foi importado do mercado norte-americano.

Carnes e laticínios entre os mais afetados

Um impacto que vai refletir-se em toda a alimentação. O preço final para o consumidor pode assim ficar mais caro em produtos como as carnes de vaca e de porco, mas também no leite, queijo, manteiga e iogurtes.

A Associação Empresarial de Portugal alerta para o impacto que as tarifas criadas pela Administração Trump poderão vir a ter nas empresas nacionais.

Para os especialistas, é necessário que se procurem parceiros fora dos Estados Unidos. Temem que a aplicação de tarifas em alguns produtos alimentares venha a causar instabilidade e aumento de preços na alimentação em Portugal.

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