Os novos contratos com o ordenado mínimo subiram mais de 50% nos últimos sete anos. O boletim de março do Banco de Portugal mostra que oscontratos com salário mínimo representam já quase um terço dos contratos mais recentes.
Se, em 2015, os novos contratos com o salário mínimo rondavam os 155 mil, em 2022, estavam já nos 181 mil. Quer isto dizerque há dez anos representavam 29,6% do total de novos vínculos e que em 2022 eram já 31,4% - correspondendo a quase um terço deste universo.
Mas há mais conclusões que saltam à vista neste boletim. Por exemplo, a prevalência do salário mínimo nacional é mais elevada nas mulheres, nos jovens, nos trabalhadores com escolaridade básica e nos de nacionalidade estrangeira. E normalmente estão mais presentes nos contratos com termo certo.
Ao olhar para os sectores, percebe-se que é no alojamento, na restauração e na construção que mais se sente o salário mínimo em Portugal. As empresas de menor dimensão são as que se rendem mais a esta opção, assim como os concelhos do Interior do país.
A tendência dos últimos anos mostra ainda que percentagem de trabalhadores que entrou no mercado de trabalho com salário mínimo e se manteve a receber esse mesmo valor nos anos seguintes tem aumentado.
Nos últimos dez anos, o salário mínimo passou de 505 euros, em 2015, para 870 euros, este ano.
O salário mínimo nacional foi introduzido em Portugal em maio de 1974 e é definido anualmente pelo Governo.