Economia

Preços que mudam em 2025: os que aumentam e os (poucos) que descem

Os preços aumentam a partir de amanhã e há casos em que a subida é superior a 2%. Falamos, por exemplo, dos transportes, portagens, combustíveis, rendas de casa e vários bens alimentares. Uma das excepçõe é electricidade que, em 2025, vai baixar.

André Palma

Vítor Caldas

A partir desta quarta-feira, primeiro dia de 2025, há produtos que vão ficar mais caros. O que não é propriamente uma novidade. Por norma, um novo ano traz sempre mudanças nos preços.

Mas nos últimos anos ainda mais com inflação alta, crises na energia, nas prestações da casa e das rendas. Porém, em 2025 há setores que começam a estabilizar. E há, pelo menos um, que vai contrariar a tendência.

O preço da luz vai descer para todos os consumidores. O Estado decidiu descer o IVA nos primeiros 200 quilowatt/hora consumidos de 23 para 6%.

No mercado regulado, o preço ia subir até 1,60 euros, mas a descida do imposto vai ser maior. Já no mercado livre, EDP e Galp já anunciaram descidas entre os 6 e 7%.

No supermercado há um produto que já se sabe que também vai ficar mais barato. Depois de atingir recordes, o preço do azeite já baixou 30% durante este ano e o mercado prevê que a tendência vai manter-se em 2025.

Por arrasto, algumas conservas também vão ficar mais baratas. E é só.

A partir daqui… só subidas

É o caso do gás natural. No mercado regulado já foi atualizado em outubro e a fatura subiu entre 88 cêntimos e 1,68 euros. No mercado livre, as empresas confirmaram que vão fazer ajustes nos preços.

No supermercado, as associações que representam os setores do pão, do café, do cacau e do leite dão como certo aumentos, mas sem avançar valores para já.

No caso do leite, a subida do preço deve fazer subir também o dos derivados, queijos, manteigas e natas. No talho, a maior diferença pode vir a ser na carne de novilho.

O preço dos transportes públicos vai subir com base na inflação, pouco mais de 2%, mas isto é válido apenas para os bilhetes avulso, das curtas ou longas distâncias, quer seja de comboio ou de autocarro. Se tiver passe, pode ficar descansado, os preços vão ficar como estão.

Se a decisão for viajar de carro, prepare-se. Há, pelo menos, 52 portagens que vão ficar mais caras e vai ser nas longas distâncias que o impacto se fará notar.

Por exemplo, fazer o percurso Lisboa-Porto pela A1 vai custar mais 70 cêntimos. Viajar para o Algarve pela A2 vai custar mais 60 cêntimos. Se fizer a A6, entre a Marateca e Caia vai pagar mais 35 cêntimos.

Nos percursos urbanos, o aumento vai ser menor. Entrar em Lisboa pelas pontes vai ficar mais caro entre 5 a 30 cêntimos, consoante a categoria do veículo. Já as ex-SCUT, no interior e no Algarve vão passar a ser gratuitas.

Nos combustíveis também vai haver mudanças. O Governo vai baixar a taxa de carbono em 3 cêntimos mas vai aumentar o imposto sobre os produtos petrolíferos em… 3 cêntimos.

Ou seja, no final das contas, para quem abastece, fica tudo na mesma. O preço não mexe de forma extraordinária fica, como até aqui, dependente das variações semanais dos mercados.

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