O Estado registou um excedente de 1 700 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Ainda assim, o Governo deverá acabar o ano com um saldo positivo mais baixo. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam também que a dívida pública diminuiu mais do que o previsto.
Segundo o INE, o setor das Administrações Públicas registou um excedente de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre deste ano.
"No conjunto do 1.º semestre de 2024, o saldo das administrações públicas fixou-se em 1,2% do PIB, o que compara com 1,1% no 1.º semestre de 2023", indica o INE.
As contas do Estado passaram de vermelho a verde. Depois do ligeiro défice no primeiro trimestre do ano, o Estado registou no primeiro semestre um saldo positivo.
O Presidente da República prefere manter a cautela e um bom resultado agora não significa o mesmo daqui a seis meses.
"Pode querer dizer que no final do ano, depende muito da situação internacional, que nó tenhamos um resultado bom em comparação com a Europa, menos bom do que se esperaria. O facto de haver um bom resultado a meio do ano, não significa que depois no resto do ano não se deva acompanhar com cuidado a execução orçamental", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, após ser vacinado no centro de saúde do Restelo, em Lisboa, na presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
Os dados divulgados pelo INE são em contabilidade nacional, a que conta para Bruxelas numa ótica de compromissos e que permite comparar com outros países.
Porque se olharmos em termos de contabilidade pública, numa lógica de tesouraria de entradas e saídas de dinheiro, o Estado registou um défice de 2 700 milhões.
A razão desta diferença está na transferência do fundo de pensões da Geral de Depósitos para a Caixa Geral de Aposentações.