Os cinco maiores bancos lucraram, nos primeiros seis meses do ano, 2.600 milhões de euros. Os lucros estão a ser suportados, em grande parte, pelas famílias, através dos juros da prestação da casa. Só a Caixa Geral de Depósitos, o banco do Estado, encaixou quase 900 milhões.
O banco público foi, de longe, o que mais lucrou. Já o BPI é o último da lista dos maiores, mas, mesmo assim, teve resultados positivos de 327 milhões. O Santander aumentou os lucros em mais de 64% face ao primeiro semestre do ano passado. O Novo Banco foi o único que teve uma ligeira diminuição dos lucros até junho.
O dinheiro que tem entrado para os cofres dos bancos deve-se, em grande parte, às taxas de juro altas que as famílias pagam todos os meses nos créditos à habitação.
Se, no primeiro semestre do ano passado, os cinco maiores bancos lucraram 1.994 milhões de euros, nos primeiros seis meses deste ano, juntos conseguiram mais de 2.600 milhões - uma subida de 625 milhões. Mais um recorde a somar ao de 2023.
O presidente do BPI lembra que as taxas vão começar a baixar e que as margens financeiras dos bancos também. Os resultados anuais dos grandes bancos podem ser influenciados pela velocidade a que as taxas desçam.
Fazendo contas, percebe-se que, nos primeiros seis meses deste ano, os grandes bancos lucraram, juntos, mais de 14 milhões de euros por dia.