Economia

Preços das casas em Lisboa abrandam ligeiramente, mas quem procura ainda não sente diferença

Lisboa continua a ser o concelho mais caro do país para comprar casa, com o metro quadrado a custar 4.167 euros. No entanto, registou a primeira quebra, ainda que ligeira, dos últimos dois anos.

Sara Tainha

O preço das casas continua a subir, mas o ritmo começou a abrandar em algumas regiões. É o caso de Lisboa, a região mais cara do país e que regista a primeira quebra (ainda que ligeira) dos últimos dois anos. Mesmo assim, quem procura casa diz que ainda não sente a diferença.

Patrícia Cachapa divide casa com amigos. É a solução possível para a advogada de 31 anos. São já oito anos à procura de casa para comprar em Lisboa. Os preços impedem-na de avançar quer para a compra, quer o arrendamento.

Lisboa continua a ser o concelho mais caro do país, com o metro quadrado a custar 4.167 euros. No entanto, o crescimento dos preços abrandou pela primeira vez em dois anos na capital. No terceiro trimestre desacelerou 5,6 pontos percentuais.

A tendência na Europa começa a ser a descida dos preços das casas. Por cá, mantém-se a subida, mas agora a um ritmo mais lento.

"Continua a subir, não sobe é na proporção que vinha a subir até aqui", afirma André Escoval, do Movimento Porta a Porta.

Os dados do INE mostram que o preço médio das casas vendidas no país voltou a aumentar em 2023. O metro quadrado foi vendido a 1.641 euros. Comparando com o ano anterior, é uma subida de 10%, mas comparando com o trimestre imediatamente anterior, é uma subida de apenas 0,7%. Muito menos que as subidas trimestrais que se estavam a verificar: a rondar os 4%.

Para os portugueses é difícil, para os estrangeiros nem tanto. Compram as casas 43% mais caras que os portugueses.

Os últimos dados mostram que em Barcelos e Guimarães foi onde que o preço das casas mais subiu. Mas os municípios de Lisboa, Cascais, Oeiras e Porto continuam a ser os mais caros do país.

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