Economia

Medina continua a defender aumento do IUC mas percebe a proposta do PS

O ministro com pasta das Finanças entende "com naturalidade" esta alteração até porque já não há um Governo de maioria absoluta em funções até final da legislatura.

SIC Notícias

O ministro das Finanças admitiu que não concorda com o grupo parlamentar do PS, que quer eliminar o aumento do IUC previsto no orçamento, mas disse que compreende a proposta numa altura em que já se sabe que o Governo está de saída.

À margem de uma conferência sobre seguros, em Lisboa, Fernando Medina foi questionado pelos jornalistas sobre a proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 feita pelo Grupo Parlamentar do PS que reverte o aumento do IUC.

Medina respondeu que a posição do Governo sobre o IUC é “muito clara”, de defesa desse aumento para veículos de 2007 e anos anteriores com um travão que limitava o aumento a 25 euros por ano, mas que no momento político atual, com marcação de eleições antecipadas, entende "com naturalidade" esta alteração até porque já não há um Governo de maioria absoluta em funções até final da legislatura.

"Percebo as razões. Quando nós apresentámos a proposta estávamos a apresentar uma proposta de um Governo de maioria absoluta que se manteria até ao final da legislatura. A partir do momento em que vai haver eleições, em que há opiniões distintas sobre a continuidade desta política, percebo a posição do grupo parlamentar", afirmou o governante.

Na terça-feira, último dia do prazo para a entrega de propostas de alteração ao Orçamento, o PS entregou uma para eliminar o aumento do IUC para veículos de 2007 e anos anteriores (inserida pelo Governo na proposta do Orçamento do Estado para 2024), defendendo que é "uma questão de justiça social e proteção dos cidadãos com maior vulnerabilidade económica".

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