Economia

Quase dois milhões de portugueses vivem com menos de 551 euros por mês

A Pordata analisou as declarações de IRS dos portugueses no ano de 2021 e percebeu que mais de um terço dos agregados familiares vive, no máximo, com 833 euros mensais. Mais de metade, 53%, tem 1.125 euros para despesas.

SIC Notícias

Um milhão e setecentas mil pessoas vivem com menos de 551 euros por mês, abaixo do mínimo de subsistência, numa altura em que milhares de famílias estão desesperadas por causa da crise na habitação e da inflação que fez disparar os preços.

Os números mostram que os mais frágeis - os idosos e as crianças - são também os mais vulneráveis e apresentavam, em 2021, taxas de risco de pobreza superiores ao total nacional:18,5% no caso dos mais novos, o que significa que quase uma em cada cinco crianças vivia em situação de pobreza.

De acordo com estes dados, divulgados pela Pordata, no total, no país, 1, 7 milhões de pessoas viviam há dois anos abaixo do limiar da pobreza, ou seja, com menos de 551 euros por mês.

Mais de um terço das famílias vive com 833 euros mensais

A Pordata analisou as declarações de IRS dos portugueses no ano de 2021 e percebeu que mais de um terço dos dos agregados familiares vive, no máximo, com 833 euros mensais. Mais de metade, 53%, tem 1.125 euros por mês para sustentar a família.

Os dados revelam ainda que a classe média fica reduzida e os mais pobres vivem pior porque o dinheiro já não vale o que valia: é preciso recuar 30 anos, a 1992, para encontrar uma taxa de inflação superior à de 2022.

Os portugueses precisam agora de 1.000 euros para comprar um cabaz de produtos que, no ano passado, conseguiam levar para casa por 892.

No início de 2022, 30% das famílias não tinha capacidade para pagar despesas inesperadas e 6% tinha rendas ou créditos em atraso.

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