Economia

Aumento do salário mínimo em 2024: patrões só admitem subida se impostos baixarem

As confederações patronais exigem a redução de impostos para as empresas, baixar o IRC, o IVA para a construção, nos combustíveis e criar incentivos ao investimento.

Sofia Cordeiro Coelho

Gonçalo Soares

O primeiro-ministro admite que o salário mínimo pode subir mais do que o previsto no próximo ano e ficar acima dos 810 euros. António Costa diz que há abertura das confederações patronais para aumentos superiores, mas os representantes dos patrões avisam que sem redução de impostos, não há acordo.

Ainda no ano passado, 810 euros foi o valor acordado entre confederações patronais e UGT para o salário mínimo do próximo ano. Uma subida de 50 euros. Mas o primeiro-ministro diz agora que o aumento pode ser superior.

“Da parte dos confederações patronais há abertura para discutir o aumento do salário mínimo. Nós neste momento estamos em discussão, não quero adiantar conclusões. Não será seguramente da parte do Governo que haverá qualquer resistência, pelo contrário”, garantiu António Costa, em entrevista à TVI/CNN Portugal.

Mas os patrões avisam que é precisamente nas mãos do Governo que está decisão, uma vez que para esses aumentos só há abertura com contrapartidas.

"Se da parte do Governo houver um conjunto de respostas que nós consideremos suficientes, então na revisão do acordo de concertação social, nós podemos abrir discussões sobre todos esses pontos", disse, à SIC, João Vieira Lopes, do Conselho Nacional das Confederações Patronais.

As confederações patronais exigem a redução de impostos para as empresas, baixar o IRC, o IVA para a construção, nos combustíveis e criar incentivos ao investimento.

Os sindicatos acreditam que há margem para subir o salário mínimo acima do previsto.

"Nós vamos propor 830 euros, o previsto era 810. Vamos ver da parte patronal qual é a reação. E da parte do Governo, porque compete ao Governo, haja acordo ou não, definir o aumento do salário mínimo", referiu Sérgio Monte, da UGT.

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