Economia

"A habitação é um poço sem fundo", diz Elisa Ferreira

No início de setembro, o Governo português enviou uma carta à Comissão Europeia com as suas prioridades para 2024, na qual defendeu uma "Iniciativa europeia de habitação acessível", dado o atual contexto económico

SIC Notícias

Lusa

A comissária europeia Elisa Ferreira considerou difícil que sejam canalizados novos fundos no imediato para o problema da habitação, admitindo, nesta sexta-feira que, no futuro, possa haver fundos da coesão para esse objetivo se sujeitos a visão de longo prazo.

A reação acontece depois de se saber que António Costa escreveu uma carta a Bruxelas para que as dificuldades no acesso à habitação estejam entre as prioridades da Comissão Europeia.

“Onde vamos parar se formos financiar a habitação?” perguntou Elisa Ferreira. “Não quer dizer que não o possamos fazer, temos de trabalhar muito bem para que, sem uma lógica de fundo de reequilíbrio, não se vá gastar dinheiro que é precioso".

"No imediato vai ser difícil, mas quem sabe", acrescentou, pois a Comissão Europeia não decide sozinha e discute as áreas a intervir com o Parlamento Europeu e os governos.

Segundo a comissária, o objetivo da política da coesão é "ir a montante dos problemas e não correr atrás dos problemas" e quando os países e as regiões usam fundos europeus devem saber como se querem posicionar no futuro para que não venham a precisar de mais fundos de coesão, cujo o objetivo não é serem usados para financiar problemas imediatos sem visão de longo prazo.

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