Economia

Subida das taxas de juro: críticas dos partidos multiplicam-se

São quatro os partidos políticos que criticam a atual posição do Governo, relativamente à subida das taxas de juro, e ainda incerta tomada de medidas para contrariar este aumento.

SIC Notícias

Os partidos políticos Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português (PCP) e Chega criticam o aumento das taxas de juro e desafiam o Governo a obrigar a banca a pagar os aumentos no crédito à habitação.

Em resposta, o primeiro-ministro já anunciou que vai rever os apoios no crédito à habitação no Conselho de Ministros da próxima semana.

“Nós adotaremos um novo diploma, relativamente ao crédito habitação, para que as famílias portuguesas possam ter, sobretudo, previsibilidade ao longo dos próximos anos e estabilidade naquilo que podem prever”, afirma António Costa.

A decisão de continuar a ajudar as famílias contraria a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde que tem pedido aos países da zona euro para pararem de criar apoios.

“Eu devo ter sido das pessoas que mais vezes me expressei sobre essa matéria, não só de preocupação, como dando a entender que a política monetária que tem vindo a ser seguida é errada. Mas é ao BCE que compete definir a política monetária”, defende o primeiro-ministro.

Críticas da oposição

“No primeiro trimestre deste ano, os cinco maiores bancos portugueses lucraram quase mil milhões de euros, à conta precisamente do aumento das taxas de juro”, adverte o presidente da distrital do Chega no Porto, Rui Afonso.

O defende o deputado do PCP Duarte Alves prossegue afirmando que “Perante isto, aquilo que se exige ao Governo é que mobilize as medidas necessárias para colocar os lucros da banca a pagar este aumento das taxas de juro”.

“O Governo não pode dizer que está muito preocupado com a situação social do país, e até contrário à política do BCE, e depois não fazer anda para defender as famílias”, acrescenta o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares.

Já o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, defende que “esse campeonato desse tipo de medidas, é um campeonato que diz respeito a quem se situa nos extremos do espetro político. São medidas que não resolvem nenhum problema aos portugueses, que são apresentadas com benevolência, mas que são tecnicamente insuficientes”.

Acrescenta ainda que são “não têm nenhum tipo de consequência positiva e mais tarde ou mais cedo podem até fazer com que os portugueses tenham de pagar outro tipo de coisas".

Rui Rocha insiste na descida do IRS, para responder ao aumento das taxas de juro do BCE.

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