O Banco Central Europeu vai decidir esta quinta-feira se aumenta novamente as taxas de juro. Nos últimos dias, houve várias indicações no sentido do aumento, o que poderá trazer mais dificuldades às famílias com crédito à habitação.
Até agora já houve nove aumentos consecutivos. As taxas de juro sobem, fica menos dinheiro disponível e as pessoas não compram tanto. O objetivo do Banco Central Europeu é travar o aumento dos preços.
Mas enquanto a inflação for considerada alta, a política deverá manter-se.
“O segundo grande desafio económico é a persistência de uma inflação elevada. Christine Lagarde e o BCE estão a trabalhar arduamente para manter a inflação sob controlo”, disse Ursula von der Leyen.
As más notícias para as famílias é que a subida dos juros pode dificultar o pagamento da casa. Para as empresas, os investimentos ficam menos atrativos e há ainda a questão alemã.
“Tem que se ter algum cuidado naquilo que é a dose de antibiótico para não matar o coração. Se o coração morrer, a Europa vem a baixo”, enfatizou o economista João Duque, à SIC.
Na perspetiva de vários economistas, ouvidos pela SIC, a taxa de juro de referência poderá aumentar 0,25. Se assim for, nas contas da DECO, num crédito de 200 mil euros, com 1% de spread, e Euribor a 12 meses, a prestação mensal aumenta cerca de 31 euros.
Esta quinta-feira há reunião decisiva e a palavra final é de Christine Lagarde.