Economia

Conselho de Estado: "Frente a frente entre o que pensa Costa e Marcelo"

O comentador da SIC, Paulo Baldaia, analisa o que poderá ser discutido no Conselho de Estado, onde há várias coisas a avaliar.

SIC Notícias

O Conselho de Estado vai reunir-se esta terça-feira para concluir a análise da situação económica, social e política do país iniciada na reunião de julho e também para fazer um balanço da situação internacional.

Paulo Baldaia, comentador da SIC, sublinha que “hoje é muito o frente a frente entre o que pensa o primeiro-ministro e o Presidente da República”.

“Marcelo Rebelo de Sousa tem estado muito crítico em relação à ação do Governo e, portanto, aí não há uma grande novidade, assim como o que se falou” no último Conselho de Estado.

Embora “a situação económica e social do país e o contexto internacional não mudou significativa de julho até agora, mas a informação que temos é bastante diferente” e o comentador dá como exemplo a notícia de que há “uma despesa acrescida no Orçamento para o próximo ano por causa do aumento da dívida, mostra que é para levar a sério aquilo que Mário Centeno diz: 'Se as taxas de juro continuarem a subir, podem asfixiar as famílias'".

Paulo Baldaia explica que há um problema social cada vez mais difícil de resolver para as famílias, “mas também para o Estado que não tem margem de manobra para ajudar as famílias a passar este tempo que pode ser mais ou menos longo”, mas acrescenta que “o serviço da dívida vai continuar a aumentar e aí é um problema para o Estado”.

António Costa vai aproveitar Conselho de Estado para tranquilizar conselheiros?

O primeiro-ministro não vai assumir a lógica do está tudo bem, “a lógica de António Costa vai ser: ‘Há problemas, mas o Governo está a resolvê-los e, aliás, acusa a oposição - uns falam e nós resolvemos os problemas’".

O comentador da SIC acredita que António Costa fará o mesmo com o Presidente da República em que “tenderá a desvalorizar o cenário negro pintado pelo Palácio de Belém, dizendo que há problemas, mas nós estamos a resolvê-los”.

E a polémica do Ministério das Infraestruturas?

“Marcelo quis valorizar muito a questão TAP, mas hoje não é isso que vai valorizar, o que vai valorizar é o pacote da habitação e se houvesse uma terceira parte daqui a um mês e meio, já não era o pacote de habitação, era uma outra matéria qualquer relacionada com o Orçamento do Estado”, concluiu

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