Economia

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai encolher despesas e contratar menos

Quanto ao apoio financeiro suplementar ao desporto, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa confirma que este será mesmo cortado mas o Governo deverá garantir o restante.

Facebook/Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

SIC Notícias

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai reduzir as despesas e aumentar as receitas, como forma de reverter a atual situação financeira da instituição, afirmou a provedora em entrevista à SIC Notícias.

Em entrevista, a provedora da SCML, há cerca de três meses em funções, disse saber que a misericórdia não tinha muitos recursos, mas afirmou desconhecer a real dimensão do problema.

“Encontrei mais dificuldades do que eu estava à espera”, afirma a provedora da Santa Casa da Misericórdia, Ana Jorge.

Ana Jorge defendeu que para melhorar a atual situação financeira da SCML será necessária a implementação de várias medidas, tais como:

  • acabar com novas contratações;
  • não substituir elementos que deixem a instituição;
  • concentrar as chefias;
  • aumentar as receitas;
  • cortar nos apoios suplementares que distribui, como o caso do que é dado às Federações e Comités Olímpico e Paralímpico.

A provedora afirma que até ao momento não tem havido uma clareza nos tipos de apoio atribuídos, sendo desconhecido o motivo pelo qual alguns organismos recebem quantias mais avultadas do que outros, reiterando a necessidade de alterar este cenário.

"Queremos que haja transparência na concessão de apoios, [algo] que não era existente.

Neste momento há variabilidade de apoios às diferentes federações, uns de 10 mil outros de 500 mil, e não há uma razoabilidade entendível para se perceber qual é a razão de uns e da variabilidade.

Segundo a provedora afirma que o financiamento suplementar está garantido para 2024 com a SCML a encolher verbas e o governo a assegurar as restantes, ainda que não se saiba como será possível.

Esses valores não estão postos em causa e as federações vão recebê-lo. Quem os paga? Logo veremos… A SCML não tem condições para o fazer como tem feito até agora.

Setembro será decisivo para os 6500 trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Sindicatos e provedora devem assinar o acordo de empresa para descongelar carreiras e fazer aumentos que não acontecem há quatro anos.

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