O verão é sinónimo de férias e descanso, mas convém manter-se atento aos gastos - muitas vezes dispensáveis -, para que no regresso não tenha surpresas desagradáveis. O Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais e familiares, partilhou com a SIC sei dicas “para aproveitar as férias sem comprometer o orçamento”.
“Este é um período pelo qual as famílias anseiam e, para garantir que o impacto positivo da experiência perdura, é importante que não se cometam excessos e que o plano seja cumprido. No limite, se não gastar tudo, pode aproveitar para um fim de semana prolongado”, destaca Sérgio Cardoso, administrador do Doutor Finanças com o pelouro da Academia.
Confira abaixo as seis dicas e proteja as suas finanças pessoais:
1. Planeamento e orçamento definidos
Ao planear as suas férias “com o máximo de antecedência, consegue fugir de preços inflacionados e aproveitar promoções”.
Ainda assim, “o mais importante antes de ir de férias é determinar um orçamento total para os seus gastos durante este período de descanso, ou seja, fazer um levantamento das despesas que vai ter. Este orçamento deve ser coerente com a realidade das suas finanças”.
2. Cumprir o orçamento "à risca"
Atenção, não basta definir um orçamento, “é necessário cumpri-lo à risca”.
Uma forma que pode ajudar a manter-se dentro do orçamento é definir um montante máximo diário para gastar. A ideia é fazer uma gestão consciente do orçamento, não tem de prescindir de tudo.
3. Evite recorrer a cartões de crédito
Utilizar um cartão de crédito “vai levar a pagamentos de juros bastante elevados e as suas férias vão ter um custo bem mais alto do que tinha previsto”.
Além disso, avisa o Doutor Finanças, com uma “mensalidade para pagar corre o risco de entrar em incumprimento ou endividamento se o orçamento já estiver um pouco apertado”.
4. Use o subsídio de férias para pagar dívidas
“Um dos erros mais comuns é gastar todo o subsídio de férias neste momento de descanso”. É recomendável que tenha uma visão a longo prazo, para as suas finanças ficarem mais estáveis.
Use “parte do subsídio de férias para saldar dívidas ou liquidar uma parte delas, sobretudo as que têm taxas de juros mais elevadas, é uma decisão com impacto positivo nas suas finanças”.
5. Crie ou reforce o “pé de meia”
Criar um fundo de emergência possibilita desfrutar da vida de forma mais tranquila, pois um “pé de meia” permite cobrir imprevistos financeiros.
O objetivo é “juntar o suficiente para cobrir todas as despesas essenciais durante um período mínimo de 3 a 12 meses”, assim deve direcionar uma parte do subsídio de férias para reforçar o seu fundo de emergência e reduzir a ansiedade financeira que pode sentir perante imprevistos.
6. Não se esqueça do regresso às aulas…
No caso de ter filhos, após o período de férias chega o regresso às aulas. E, com isto, surgem várias despesas adicionais ao orçamento familiar.
Consoante a idade dos seus filhos, o investimento em materiais escolares e outras despesas escolares pode ser maior ou menor (materiais escolares, atividades extracurriculares, explicações, etc.).