Esta quinta-feira faz um mês desde que foi implementado o IVA Zero, medida que abrange 46 produtos considerados essenciais, de forma a combater a inflação. A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) garante que os supermercados querem ser “parte da solução” e ajudar os portugueses, mas com uma inflação tão alta não está a ser possível.
A medida que isentou de IVA um cabaz de 46 alimentos considerados essenciais entrou em vigor no passado dia 18 de abril. Os produtos foram escolhidos tendo em conta o cabaz de alimentação saudável do Ministério da saúde e os dados das empresas de distribuição sobre os produtos mais consumidos pelos portugueses. Carne, alguns tipos de peixe, legumes ou pão são alguns dos produtos que integram a lista.
O IVA Zero tem gerado controvérsia, o que já fez com que o Portal da Queixa recebesse, até agora, mais de duzentas reclamações relacionadas com a medida.
“Por o IVA baixar não significa que os preços baixem”
Em declarações à SIC, Gonçalo Lobo Xavier, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, garante que a implementação do IVA Zero não “tem impacto” nos resultados das empresas e que as mesmas estão a "cumprir um acordo" que tem como objetivo "estar no lado da solução".
“Por o IVA baixar não significa que os preços baixem. O mercado continua a funcionar", explica Gonçalo Lobo Xavier que afirma que a produção alimentar e a indústria continuam "com uma pressão enorme" , agravada pela falta de apoios prometidos pelo Governo
Esta medida, que visa combater os efeitos da alimentação no rendimento das famílias, estará em vigor até ao final de outubro, com o Governo a estimar que terá um contributo de 0,2% na redução da taxa de inflação em 2023.