Economia

Aumentos salariais no setor privado? Confederações empresariais respondem a Costa

António Costa pediu, este sábado, um esforço ao setor privado para que promova aumentos salariais de forma a combater a inflação.

Armando Franca/AP

SIC Notícias

O primeiro-ministro diz que só com o aumento dos salários será possível combater a inflação e pediu um esforço ao setor privado, mas confederações patronais têm respostas diferentes ao pedido.

Após as declarações de António Costa, este sábado, sobre os aumentos salariais, António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial (CIP), acusa o Governo de ter dois discursos.

"As afirmações do primeiro-ministro emprega-se aquela expressão popular, bem me pregas frei tomás, porque como sabemos, é um dado estatístico, depois de aumentos significativos em 2023, as remunerações médias no setor privado subiram 5,4% e no setor público apenas 2%. O primeiro-ministro tem uma leitura para o setor privado, e enquanto empregador tem outro discurso", afirma António Saraiva.

Ontem, António Costa apelou ao setor privado para que fizesse um esforço para aumentar os salários, de forma a combater a inflação.

Em outubro do ano passado, a Confederação Empresarial assinou o acordo de rendimentos, que estará em vigor até 2026, sobre a possibilidade da revisão do acordo. Agora, a a CIP rejeita a hipótese de uma revisão.

“Não vemos razão para o acordo ser revisto"

“Não vemos razão para o acordo ser revisto, a não ser naquilo que falta cumprir. Nós assinámos um acordo em que o salário mínimo estava previsto subir e já subiu. Da nossa parte estamos a cumprir, dos outros subscritores, nomeadamente, o Governo não está a cumprir”, atira António Saraiva.

Já a Confederação de Serviços e Comércio admite que pode rever o acordo, mas quer ir mais além do que os rendimentos.

Enquanto a concertação social não volta a discutir o assunto, António Saraiva lembra o aviso do governador do Banco de Portugal que o aumento dos salários pode gerar um surto inflacionista.


Últimas