A inflação e a crise energética estão a estagnar o mercado de trabalho. Os especialistas dizem que Portugal está a passar por uma austeridade mais violenta do que no tempo da Troika. Dentro do PS, já há alertas a Fernando Medina para ter mais sensibilidade.
Desde novembro que não há criação de emprego em Portugal. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que o mercado de trabalho está, virtualmente, estagnado.
O mesmo é dizer que o número de postos de trabalho criados foi anulado pela quantidade de empregos perdidos. Uma situação que se justifica pela inflação e pela crise energética.
Com a taxa de desemprego nos 7% e o desemprego jovem a aumentar, os sinais de alerta vêm de todo o lado – até da bancada parlamentar do PS.
Os especialistas em economia lembram que a inflação é mais pesada nos mais pobres e estimam que, mesmo com aumentos salariais de 4%, as famílias estão a perder um mês e meio de salário num ano. E podem vir a perder ainda mais.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que a situação em Portugal é um reflexo da conjuntura internacional, marcada pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. Há 375 mil pessoas desempregadas em Portugal, um número que sobe há três meses.