O Governo anunciou o pagamento de uma prestação extraordinária de 240 euros para um milhão de famílias que recebem prestações mínimas ou que beneficiem da tarifa social da energia. À direita, o PSD e o Chega pedem também medidas para as famílias da classe média. A Iniciativa Liberal aponta o dedo ao apoio de 125 euros. À esquerda, o BE pede aumentos salariais e o PCP apela a medidas estruturais. Já Rui Tavares critica o apoio anunciado pelo Governo e Inês Sousa Real considera que António Costa devia ir mais longe.
O que diz o PSD?
O Presidente do PSD, Luís Montenegro, diz que António Costa dá razão ao PSD ao reconhecer a necessidade de um novo apoio extraordinários para as famílias.
O líder dos sociais-democratas diz mesmo que o Governo recuou na posição que teve em outubro e espera ver também um apoio para a classe média.
O que diz o Chega?
O Presidente do Chega, André Ventura, quer que o novo apoio extrarodinário seja discutido no Parlamento.
O líder do Chega disse que é preciso que as famílias da classe média sejam incluídas nas medidas de ajuda do Governo.
O que diz a IL?
Para a Iniciativa Liberal, o novo apoio extraordinário revela que os 125 euros foram uma medida errada que o Governo tomou em outubro.
O deputado Rui Rocha defendeu que a ajuda deve ser direcionada para os que mais precisam.
O que diz o BE?
Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, critica o facto do Governo optar por apoios estruturais, mas nada faz para controlar preços nem garantir aumentos salariais.
O que diz o PCP?
Paula Santos, líder parlamentar do PCP, diz que o partido exige medidas estraturais.
A responsável considera que a inflação não é um problema que se resolva desta forma.
O que diz o PAN?
A deputada única do PAN, Inês Sousa Real, adiantou que os deputados vão discutir em breve outras medidas de apoio e defende que o Governo devia ir mais longe nos apoios.
O que diz o Livre?
Para Rui Tavares, o Governo fez um anúncio aleatório que nem dá às famílias capacidade de plenearem quando devia estar a preparar apoios mais substanciais.
Apoio de 240 euros
O primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira, o pagamento de uma prestação extraordinária de 240 euros para um milhão de famílias que recebem prestações mínimas ou que beneficiem da tarifa social da energia.
A medida será aprovada em Conselho de Ministros na quinta-feira.
“Esta semana, o Conselho de Ministros vai aprovar um outro aumento, para as famílias mais vulneráveis, de uma prestação extraordinária de 240 euros, que corresponde a um esforço muito grande, tendo em conta aquilo que foi a evolução da inflação neste segundo semestre”.
Revelações do chefe do Governo à Visão, confirmado, entretanto, pela SIC.
De acordo com António Costa, este apoio começa a ser pago no dia 23 de dezembro, até ao final do ano.
O novo apoio extraordinário abrange o mesmo universo de pessoas que já foram contempladas em duas prestações extraordinárias este ano, em duas tranches de 60 euros cada, no final dos primeiro e segundo trimestres, acrescenta a Visão no artigo que acompanha o trecho da entrevista hoje revelado.
Trata-se dos cidadãos abrangidos pela tarifa especial de eletricidade ou por prestações mínimas, sendo consideradas prestações sociais mínimas o complemento solidário para idosos, o rendimento social de inserção, a pensão social de invalidez do regime especial de proteção na invalidez, o complemento da prestação social para a inclusão, a pensão social de velhice e o subsídio social de desemprego.