A indústria vidreira é uma das que faz uso intensivo de gás e, por isso, a expetativa era muita para conhecer as medidas de apoio. Para os empresários, acabaram por se revelar insuficientes.
Na fábrica, os fornos nunca se apagam. Daí que a fatura do gás seja uma parte importante dos custos de produção. E, por isso, a forma dada pelo Governo ao pacote de ajudas tem um veredicto claro.
Nesta empresa visitada pela SIC, com meia centena de trabalhadores e que exporta 80% da produção, o preço do gás já tinha mais do que duplicado o ano passado. Em janeiro, poderá ser insustentável.
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Em Martingança, no concelho de Alcobaça, o cenário é semelhante.
A perspetiva de ver uma fatura do gás a crescer até 7 vezes não se torna menos assustadora com aumento do teto das ajudas de 400 mil para 500 mil euros e da taxa de apoio subir para 40%.
Assim há quem peça um teto para o preço do gás e medidas adicionais às anunciadas.
Nesta empresa, com uma centena de trabalhadores, neste momento, o gás corresponde a cerca de 25% dos custos, o que poderá subir para 60% no início do ano.