Economia

Já são quatro as “criptos” autorizadas pelo Banco de Portugal

Há mais oito em análise.

A Utrust – registada com o nome empresarial Cifralfabeto Lda. – é a quarta empresa licenciada pelo Banco de Portugal (BdP) para o fornecimento de serviços com criptomoedas, tendo sido aprovada esta semana pelo supervisor. E estão atualmente em curso oito processos de registo de entidades “cripto”, de acordo com os dados fornecidos pelo BdP ao Expresso.

A Utrust, uma das pioneiras no ecossistema de empresas portuguesas dos criptoativos, tem licença para operar apenas em Portugal e tem autorização do banco central para fornecer toda a gama de serviços com criptoativos previstos na lei: serviços de troca entre ativos virtuais e moedas fiduciárias, troca entre criptoativos, transferências entre carteiras, e custódia de ativos virtuais.

De acordo com o BdP, o supervisor “tem em curso oito processos de registo de entidades que pretendem exercer atividades com ativos virtuais”. O BdP tem três meses, contabilizados em dias úteis, para notificar uma decisão, contados desde a data de receção dos documentos exigidos ou, no caso de ser pedida mais documentação, desde o envio mais recente. O prazo não pode ultrapassar os seis meses desde a primeira solicitação.

A Utrust é uma empresa portuguesa, fundada em 2017, em Braga, por Artur Goulão, Filipe Castro, Nuno Correia, Roberto Machado, e é especializada em sistemas de pagamento entre empresas (business to business) em criptoativos. A presidente executiva é Sanka Kon, que deixou o cargo de diretora de marketplaces da PayPal para liderar a empresa portuguesa em 2020.

Em janeiro deste ano foi adquirida pela empresa romena Elrond, criadora de uma plataforma blockchain independente, para, com foco na chamada web3, “tornar os pagamentos totalmente nativos digitais, usando a blockchain para oferecer liquidações de pagamentos a nível global quase instantâneas e seguras, a custo mínimo”, segundo a publicação no site da empresa.

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