Bruxelas planeia restringir os acordos nacionais que permitem aos bancos de fora da União Europeia (UE) vender serviços para o bloco europeu, dando assim um golpe aos credores em Londres que dependem dos acordos para amortecer o impacto do Brexit, noticia o "Financial Times".
Segundo o jornal, os bancos estão interessados no acesso transfronteiriço à UE por ser mais barato e mais simples fazer negócio a partir dos seus principais centros internacionais em vez de deslocar capital e pessoal. Mas a ideia terá ainda de passar pelo Parlamento Europeu e Conselho da Europa.
Os funcionários do Banco Central Europeu mostraram-se preocupados com um recente e acentuado aumento da utilização destes acordos nacionais para tais operações.
Peter Bevan, advogado ouvido pelo "Financial Times", considera que desde o Brexit "as autoridades europeias estão a procurar obter mais controlo sobre a supervisão e os serviços financeiros e atividades bancárias dentro da UE". "Tem havido obviamente um ceticismo crescente em relação aos serviços que são prestados a partir do Reino Unido", declarou.