Pedro Nuno Santos defende que é uma injustiça responsabilizar a TAP pela greve dos trabalhadores da Groundforce.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, na intervenção inicial da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, que está a decorrer no Parlamento, garantiu que a TAP nada deve à empresa de handling.
"Isto não é uma matéria de discussão, é uma matéria de facto", acrescenta.
A Groundforce tinha acusado a companhia aérea de ter uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.
A TAP está disponível para pagar os subsídios de férias em atraso dos trabalhadores da Groundforce, confirmou o ministro.
"Essa disponibilidade mantém-se e sabemos nós, Governo, que a TAP está a trabalhar uma solução para pagar os subsídios de férias sem que disso dependa a vontade ou aceitação de quem tem o controlo da Groudforce."
Governo assegura solução para a Groundforce mesmo que falhe venda de ações pelo Montepio
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que o Estado e a TAP irão assegurar uma solução para a Groundforce, mesmo que falhe o processo de venda das ações da empresa, a cargo do Montepio.
O governante confirmou que "há um processo de venda em curso e no fim, liderado pelo Montepio, que teve esta segunda-feira uma decisão muito importante do tribunal que lhe reconhece o direito de vender as ações da Pasogal na Groundforce".
"Estamos a acompanhar e temos a expectativa de que o processo de venda por quem tem o direito de vender seja concluído com sucesso e isso significaria a entrada de um sócio com capacidade financeira para podermos iniciar uma vida de estabilidade", referiu.
No entanto, realçou o ministro, "se o Montepio não conseguir proceder à venda, o Estado ou a TAP encontrarão uma solução".
"Temos estado a trabalhar nisso há um tempo", adiantou, referindo que o Governo estava a aguardar pela conclusão deste processo. "Se não se concluir, queremos que os trabalhadores saibam que o Estado ou a TAP resolverão o problema", assegurou.
O jornal Eco avançou esta segunda-feira à noite que o Montepio tomou controlo da Groundforce, depois de um tribunal ter considerado "improcedente" um providência interposta por Alfredo Casimiro, da Pasogal, para impedir este controlo.
Assim, o banco pode avançar com a venda da empresa de 'handling', sendo que o Montepio, diz o Eco, tinha tomado posse das ações da Groundforce nas mãos de Alfredo Casimiro através de uma execução extrajudicial por incumprimento no pagamento de uma dívida de sete milhões de euros, mas o empresário tinha apresentado uma providência cautelar para travar a decisão do banco.