(REFORMULA A NOTÍCIA APÓS ESCLARECIMENTO DA DECO DE QUE O QUE É ILEGAL É A NÃO DISPONIBILIZAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE CHECK-IN SEM CUSTOS PELA RYANAIR DURANTE O PERÍODO DE PARAGEM DA PLATAFORMA ONLINE DA COMPANHIA ÁEREA)
"A cobrança do check-in pela Ryanair, quando não oferece alternativas ao consumidor durante o período em que o site da companhia está encerrado, é ilegal", esclareceu o coordenador do departamento jurídico da associação de defesa do consumidor, Paulo Fonseca, em declarações à agência Lusa.
Em causa está o anúncio feito na segunda-feira pela companhia aérea de baixo custo de que os seus serviços de reserva e check-in online estarão indisponíveis durante um período de 12 horas, entre as 17:00 de hoje e as 05:00 de quinta-feira, para uma "atualização de sistema".
No comunicado então divulgado, a Ryanair diz ter contactado na segunda-feira "todos os passageiros com viagens marcadas para quarta-feira, dia 07, e quinta-feira, dia 08 de novembro, por e-mail e por SMS [mensagem de texto para o telemóvel] , aconselhando-os a efetuaram o check-in online para os seus voos na terça-feira, dia 06 de novembro, antes do referido encerramento".
Segundo a Deco, "na comunicação que a Ryanair enviou aos passageiros a companhia alerta para a necessidade de fazer o check-in online , sem concretizar a razão da urgência, e indica que o serviço estará indisponível temporariamente", sendo que "os passageiros são apenas informados de que o check-in no aeroporto implica o pagamento de 55 euros".
Para a Deco, "trata-se de mais uma política inaceitável" da Ryanair, que "penaliza os passageiros, apesar de o constrangimento ser da responsabilidade da companhia".
No entender da associação, a eventual cobrança de qualquer valor pelo check in -- nomeadamente os 55 euros no aeroporto - sem que sejam oferecidas alternativas ao consumidor durante o período em que o site está encerrado "é ilegal", pelo que a Deco irá "denunciar a situação" junto da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
De acordo com Paulo Fonseca, "o facto de a empresa ter informado previamente os passageiros não é suficiente para evitar o incumprimento da própria transportadora".
"A situação impõe informação individualizada e o check-in sem custos associados. Se tiver problemas e se lhe cobrarem pelo check-in , reclame junto da Ryanair e peça a nossa ajuda através da plataforma Queixas dos Transportes", remata a associação de defesa do consumidor.
Lusa