A petrolífera investiu cerca de mil milhões de euros em 2017, menos 17 por cento do que no ano anterior. A empresa revela ainda que a contribuição extraordinária sobre o setor energético teve um impacto negativo de 53 milhões de euros.
O Conselho de Administração da Galp Energia vai propor um aumento do dividendo em 10%, para 55 cêntimos por ação, ajustando assim a retribuição aos acionistas em função das perspetivas financeiras, anunciou hoje a petrolífera.
No comunicado enviado ao mercado, a Galp Energia explica que este valor "constituirá a referência para os próximos anos", ficando a sua evolução "dependente da geração de caixa e da identificação de oportunidades criadoras de valor, mantendo o compromisso de disciplina financeira, traduzido num rácio de dívida sobre EBITDA inferior a 2x".
No exercício de 2016, a Galp pagou um dividendo de 50 cêntimos por ação, referindo então que este valor se deveria manter inalterado nos exercícios seguintes, mas a melhoria das perspetivas financeiras para 2018 levou a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva a rever o montante relativo a 2017.
Em comunicado ao mercado, a Galp Energia atribui este acréscimo de 120 milhões de euros do resultado líquido ao "aumento da produção de petróleo e de gás natural no Brasil, aliado à boa performance das atividades de 'downstream' [distribuição e comercialização] nos principais mercados em que a Galp atua".
A produção média anual de petróleo e gás cresceu 38% para 93,4 mil barris por dia, impulsionada pela produção de petróleo e gás nos grandes reservatórios do pré-sal brasileiro, tendo no último trimestre de 2017 ultrapassado a barreira dos 100 mil barris por dia.
Com Lusa