Economia

Parceiros sociais não se entendem no salário mínimo

Ainda não há acordo entre patrões e sindicatos em relação ao aumento do salário mínimo nacional. Há posições diferentes quanto ao valor e à data de entrada em vigor do eventual aumento. O Governo quer esgotar a possibilidade de um consenso entre os parceiros sociais, afirmou o secretário de Estado do Emprego, Octávio de Oliveira.

(LUSA/ ARQUIVO)

No final da reunião do grupo de trabalho do SMN, o secretário de Estado  garantiu que o Governo quer atualizar esta remuneração, mas antes disso  pretendia "obter um entendimento generalizado em relação aos parâmetros  que estão em apreciação".   

"Não há aqui qualquer adiamento. O Governo está interessado em esgotar  todas as possibilidades de um consenso possível em relação aos parceiros  sociais. Não foi possível ainda hoje obter um entendimento generalizado  em relação aos parâmetros que nesta matéria estão em apreciação", declarou. 
  
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião do grupo de trabalho  do SMN, o governante reafirmou a intenção do Executivo de proceder à atualização  da remuneração mínima, congelada desde 2011, sublinhando a sua importância  "em relação à produtividade e competitividade das empresas e da economia". 
  
"Hoje não foi possível obter um entendimento generalizado em relação  ao início da vigência, duração e montantes, havendo disparidades e divergências",  explicou.   
  
Para dia 30, está agendada uma reunião da comissão permanente do Conselho  Económico e Social (CES), em que o SMN deverá estar na agenda. Entretanto,  acrescentou, podem ocorrer "outros agendamentos" para discussão desta matéria. 
  
Na reunião de hoje, as centrais sindicais afastaram-se do consenso:  a UGT propôs um SMN de 505 euros sem atualização até ao final de 2015, abrindo  mão de efeitos retroativos, um valor que a CGTP considerou que "não é minimamente  justo".   
  
Luís Correia, secretário-geral adjunto da UGT, explicou que a central  não cede na sua proposta mínima de 505 euros, considerando que a atualização  remuneratória pode ocorrer já em outubro.   
  
Mas a CGTP defendeu que este valor "não é razoável" e que, se avançar  este aumento de 20 euros, "é um mau passo". Atualmente o salário mínimo  nacional é de 485 euros.  
  
Com Lusa

Últimas