Segundo a Naftogaz, o processo visa recuperar aquilo que considera pagamentos excessivos pelo gás fornecido pela Gazprom em 2010, explicou a empresa de energia ucraniana em comunicado hoje divulgado.
A ação judicial visa ainda pedir ao tribunal para estabelecer "um preço justo" para as próximas encomendas de gás à Rússia.
Nos últimos dias, a Gazprom ameaçou deixar de fornecer gás à Ucrânia até este país pagar 1,45 mil milhões de euros, valor que a Rússia considerava ter-se acumulado em dívidas de fornecimento, e deu um ultimato até às 07:00 de Lisboa.
Apesar de ter decidido hoje de manhã que continuará a fornecer gás para a Europa através do sistema de gasodutos ucranianos nos volumes contratados, a Gazprom adiantou ter passado o fornecimento de combustível à Ucrânia para um sistema de pré-pagamento.
O consórcio russo realçou que a empresa ucraniana Naftogaz Ukrainy "tem a obrigação de garantir o transporte do combustível a terceiros países", tal como estipulam os contratos vigentes.
Ao mesmo tempo, a Gazprom indicou que a Comissão Europeia foi informada oportunamente de "possíveis problemas" no transporte do gás caso a Ucrânia começasse a usar o combustível destinado aos consumidores europeus.
De acordo com o consórcio, "foram feitos e far-se-ão todos os esforços possíveis" para impedir problemas no transporte do gás russo para a Europa.
A União Europeia (UE) importa da Rússia a maior parte do gás que consome (39%) - e que na sua maioria lhe chega através da Ucrânia.